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Recentemente minha bolha de civilidade no Facebook esteve discutindo mais do que o habitual assuntos relacionados ao uso da Inteligência Artificial, suas implicações éticas, e questões relativas a plágio e direitos autorais.

É bem verdade que precisamos urgentemente de regulação quanto ao uso da IA, uma vez que — sempre — a técnica evolui mais rapidamente que a ética. Entretanto, não é porque a ferramenta pode ser (e é, acredite) usada para usurpar trabalho criativo alheio que ela não pode ser usada para fins legítimos. Eu mesmo uso a IA diariamente no meu trabalho, e tenho a certeza de não estar infringindo a ética ou “roubando” o que quer que seja de terceiros.

Como raramente uso ferramentas de imagem com IA, abster-me-ei de comentar sobre elas, focando esse texto em ferramentas de texto. Entretanto, a imagem que ilustra esta página foi, de fato, gerada por IA.

Índice de Tópicos

A IA é boa de linguagem

A primeira coisa a considerar é que a IA como conhecemos hoje é boa de linguagem. O “treinamento” que a IA recebe implica alimentar sistemas computacionais imensos com quantidades incomensuráveis de dados que são então categorizados estatisticamente. Claro, o processo é muito mais complexo que isso, mas é este o “jeitão” da coisa.

Assim, a IA do tipo GPT — Generative Pre-trained Transformer — é boa para reconhecer padrões e produzir resultados textuais aparentemente coerentes com base na probabilidade de um conjunto de palavras aparecer no mesmo contexto, na ordem mais provável considerando seus dados de treinamento.

Considerando essa habilidade da ferramenta é que a uso em três contextos distintos.

Auxiliar na programação

Linguagens de programação são, como o nome diz, linguagens. Elas têm seu próprio léxico, regras de sintaxe, e a maneira como os elementos de linguagem são usados afeta diretamente a compreensão da “mensagem” (no caso, instruções que o computador deve seguir para desempenhar uma dada tarefa).

Destarte, nada mais natural que usar ferramentas de IA para otimizar códigos de minha autoria e mais: para aprender novas técnicas e linguagens.

A IA atualmente até que faz um bom trabalho em termos de geração e refatoração de código, mas um programador humano ainda é indispensável para avaliar, validar, testar os resultados gerados pelos autômatos.

Não tenho como mensurar a economia de tempo que a IA me proporciona nas minhas tarefas diárias de programação, mas posso dizer que é muita; minha produtividade aumentou muito desde que passei a usar GPT para este fim, bem como meu cansaço mental diminuiu sensivelmente.

Traduções e correções gramaticais

Outro uso de IA que faço diariamente, incontáveis vezes, é para traduzir de idiomas que desconheço para o Português, bem como para corrigir parágrafos de texto em Inglês.

Meu trabalho exige que eu me comunique em Inglês o tempo inteiro, e apesar de eu — modéstia à parte — ser bom com o idioma, tenho muitos vícios de quem pensa em Português e traduz para falar ou escrever. Aí entra o GPT, que pega um texto qualquer meu e corrige automaticamente ortografia e gramática, substituindo em um segundo o meu protótipo por uma versão possivelmente melhorada.

Assim como o que o GPT faz com o código, não dá para usar seus resultados de tradução ou correção sem supervisão. É raro mais acontece muito de a IA simplesmente deturpar totalmente o sentido do meu texto, ou de apenas piorá-lo em vez de melhorar.

Outra utilidade da IA é para fazer análise e adequação do tom da mensagem. Eu sempre programo o autômato para manter um tom profissional e amigável nas traduções, o que é útil quando eu, tomado por alguma emoção (apesar de as pessoas acharem que sou um doce de pessoa, às vezes sou bem irascível), acabo passando dos limites sem nem perceber. Na primeira vez que usei este recurso eu tinha redigido algo como “pelo amor de Deus, cala essa boca, não aguento mais ouvir tua voz”, e a IA converteu meu texto para “acho que eu preciso de um tempo para digerir isso tudo”.

Organização de ideias

O terceiro uso mais frequente que faço do GPT também tira proveito do fato de ser uma ferramenta boa de linguagens: alimento-o com uma série de notas escritas em qualquer ordem, e peço que ele as organize de maneira lógica.

O resultado é um ganho imenso de tempo. Em vez de ficar repisando as ideias, movendo manualmente de um lado para outro, ordenando, tentando encontrar vínculos lógicos, só preciso apertar meia dúzia de botões.

Outro dia fui convidado para uma palestra com poucas horas para elaborar a apresentação inteira. O conteúdo era extenso, complexo, mas deveria ser passado em no máximo meia hora. Seguindo meus métodos tradicionais de planejamento de palestras cheguei a mais de 20 “lâminas”, o que tomaria para apresentá-las pelo menos o triplo do tempo que eu tinha disponível. Alimentei o GPT com o meu conteúdo e pedi para ele reorganizar e resumir. Em instantes minhas “lâminas” estavam em uma nova ordem, mais coerente com o que eu precisava, e a partir do que fui capaz de condensar o conteúdo para quase caber no tempo que me fora destinado: quase porque gastei 40 minutos para apresentar tudo, sem correrias, com profundidade adequada ao contexto.

Mais uma vez, a IA me ajudou a economizar horas de trabalho, e ajuda sempre que preciso organizar e categorizar ideias mais “cruas”.

A virtude reside no equilíbrio

É claro que o uso da IA precisa ser regulamentado, até porque ela pode ser usada para fins absolutamente escusos, como roubar a voz e a aparência de pessoas reais para criar situações em que a pessoa nunca esteve. Isso abre a possibilidade de se criarem vídeos incriminadores, enganadores, ou mesmo de usurpar o trabalho de artistas que acabam “atuando” artificialmente em obras audiovisuais sem serem remunerados.

Entretanto, uma ferramenta poderosa e simples de usar como o GPT pode trazer benefícios imediatos à vida das pessoas, assim como traz para a minha todos os dias. Com discernimento e respeito, o uso da IA pode, sim, facilitar a vida das pessoas e suavizar alguns dos desafios de viver e trabalhar inserido no “sistema”.

https://sarmento.org/o-bom-uso-da-inteligencia-artificial/

"Quando os que comandam perdem a #Vergonha, os que obedecem perdem o #Respeito." - Georg Lichtenberg -

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Saudações a todos no masto.pt!

Para além do que já disse na minha biografia, gostaria de comentar que abro este espaço de participação assinado por mim para falar das três grandes paixões da minha vida, de uma forma que tentarei ser sempre educativa:

1. #Escrita e #Literatura, sempre como leitor e às vezes como escritor.
2. a #Educação e o #Pensamento #Contemporâneo, como educador e investigador com tudo o que isso implica.
3. #Criatividade, como fenómeno humano que devemos sempre estudar, investigando os seus limites.

Procuro o diálogo saudável e respeitoso, sem fanatismo ou militância. Sou a favor do #ConteúdoLivre, auto-regulado e descentralizado, sou contra os actuais monopólios da #RRSS e luto contra #ideologias e #religiões que acabam por trazer a separação e o ódio entre todos.

A minha única militância é com a #Liberdade e o #Respeito pelos outros.

"Não concordo com o que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres".

Evelyn Beatrice Hall

Ao lado dos professores, pais e alunos que lutam pela Escola Pública

«É com estes que sempre alinhei e continuarei a alinhar enquanto tiver voz. A luta dos professores, numa determinação e intensidade nunca vista, traz ao de cima a degradação a que chegou este grande pilar de qualquer sociedade democrática.»

Por A. M. Galopim de Carvalho

[sorumbatico.blogspot.com/2023/]

Luta dos professores. Pré-aviso de greve para 2 e 3 de Março

A FENPROF anunciou novas greves de professores para os dias 2 e 3 de Março, se não houver acordo com o Governo. A ameaça foi deixada no sábado no final da manifestação, em Lisboa.

Haverá protestos na porta das escolas nos dias 15 e 17 de Fevereiro, precisamente nos dias de negociações com o Ministério da Educação.

[rtp.pt/noticias/pais/luta-dos-]

#professores #professor #ensino #escola #escolas #educacao #greve #respeito
#trombalazana